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Vampirismo emocional – significado
quarta-feira, 14 de setembro de 2011.
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Sith Death Darkness
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quarta-feira, setembro 14, 2011
Vampirismo emocional – significado
Todo o ser humano que procura no outro
a energia psíquica e sexual necessária para alimentar
um ego imaturo e fantasista.
O seu “modus operandi” baseia-se na manipulação e na sedução.
São exímios em percepcionar fragilidades, servindo-se muitas vezes do dom da palavra, da omissão e da mentira para confundir a “presa”.
Ao vampiro move a conquista, mas, nem sempre a sua verdadeira motivação é do domínio consciente, e, em regra, não tem noção da sua estrutura psíquica perturbada.
A presa, por seu lado, sucumbe aos encantos do vampiro
já que ele(a) é o espelho, numa primeira análise, de todos os seus anseios e expectativas. Mais tarde, uma inexplicável quebra energética invade-lhe o ser e o sentimento de plenitude e de paixão inicialmente sentidos, dão lugar a uma implacável obsessão. É tal a intensidade das energias em jogo, que a presa pode até sucumbir a pensamentos recorrentes de perda, e, não raro, de tentativa de suicídio.
Este sofrimento, pode assemelhar-se à imagem de uma mosca que tenta desenvencilhar-se da mortal teia.
Aqueles que dela conseguem libertar-se jamais esquecerão
a intensidade da experiência; invariavelmente, ela constituirá uma aprendizagem, que pode vir a transformar decisivamente a sua existência.
a energia psíquica e sexual necessária para alimentar
um ego imaturo e fantasista.
O seu “modus operandi” baseia-se na manipulação e na sedução.
São exímios em percepcionar fragilidades, servindo-se muitas vezes do dom da palavra, da omissão e da mentira para confundir a “presa”.
Ao vampiro move a conquista, mas, nem sempre a sua verdadeira motivação é do domínio consciente, e, em regra, não tem noção da sua estrutura psíquica perturbada.
A presa, por seu lado, sucumbe aos encantos do vampiro
já que ele(a) é o espelho, numa primeira análise, de todos os seus anseios e expectativas. Mais tarde, uma inexplicável quebra energética invade-lhe o ser e o sentimento de plenitude e de paixão inicialmente sentidos, dão lugar a uma implacável obsessão. É tal a intensidade das energias em jogo, que a presa pode até sucumbir a pensamentos recorrentes de perda, e, não raro, de tentativa de suicídio.
Este sofrimento, pode assemelhar-se à imagem de uma mosca que tenta desenvencilhar-se da mortal teia.
Aqueles que dela conseguem libertar-se jamais esquecerão
a intensidade da experiência; invariavelmente, ela constituirá uma aprendizagem, que pode vir a transformar decisivamente a sua existência.
POR QUE SAGRADO
VAMPÍRICO?
A Deusa Kali (Kali significa "negra" e/ou "tempo") possui um elemento de vampirismo (mitema) em seu mito, qual seja, quando um inimigo dos Deuses chamado "Raktabija" (Rakta = sangue e Bija = semente) está prestes a destruir todos os Deuses, Kali é convocada para lhe fazer guerra, porém a cada gota que cai do mesmo no solo, nasce uma nova duplicata de Raktabija, a ponto da batalha ficar como que perdida. Diante disto Kali passa a vampirizar o sangue de Raktabija e devorar suas duplicatas, e assim o vence. Ela é seguida por uma séquito de entidades hindus chamadas de Dakinis, vampiras (azra-pas), segundo o texto hindu dos "Puranas". Mahakali (1) , ou a Grande Kali com dez braços é sua manifestação universal e transcendental, associada pelo texto "Kalika Purana" ao imanifestado Brahman, que pode ser traduzido como da natureza do "Nirvana" dos budistas. No budismo as Dakinis passam a ser instrumentos da iluminação búdica. Enquanto Deusa do Tantra Yoga, que são as técnicas de aprimoramento espiritual que promovem a identificação com os Deuses e a energia sexual para promover a iluminação, assim como o despertar das faculdades ocultas do homem. Kali então é denominada, entre outros nomes, de "Kali Smashan" ou "Kali dos crematórios", pois queima todo carma, possuindo quatro braços (2), um tridente e uma espada recurvada nas mãos direitas.
Kali e as Dakinis são entidades sagradas na religião indiana.
Mas o que é o SAGRADO?
Pode o vampirismo ter alguma coisa a ver com o Sagrado?
O Vampirismo não seria algo extremamente profano?
Importante salientar que o termo "sagrado" em antropologia da religião não tem o mesmo significado que muitas vezes o senso comum lhes empresta. Vejamos:
Émile Durkheim, um dos pais da Sociologia, em sua obra seminal da Antropologia da Religião, "As Formas Elementares de Vida Religiosa" (1912) coloca que o mundo pode ser divido, por assim dizer, em sagrado e profano, e que ambos nada têm em comum entre si, sendo mesmo hostis um ao outro e, embora a maneira como este contraste possa variar, o contraste em si destas duas realidades seria universal e presente em todas as culturas do mundo.
Kali e as Dakinis são entidades sagradas na religião indiana.
Mas o que é o SAGRADO?
Pode o vampirismo ter alguma coisa a ver com o Sagrado?
O Vampirismo não seria algo extremamente profano?
Importante salientar que o termo "sagrado" em antropologia da religião não tem o mesmo significado que muitas vezes o senso comum lhes empresta. Vejamos:
Émile Durkheim, um dos pais da Sociologia, em sua obra seminal da Antropologia da Religião, "As Formas Elementares de Vida Religiosa" (1912) coloca que o mundo pode ser divido, por assim dizer, em sagrado e profano, e que ambos nada têm em comum entre si, sendo mesmo hostis um ao outro e, embora a maneira como este contraste possa variar, o contraste em si destas duas realidades seria universal e presente em todas as culturas do mundo.
Émile Durkheim (1858 - 1917)
Assim, de forma geral, as coisas sagradas não devem, segundo ele, serem tocadas pelas profanas e, a única maneira de adentrar no mundo do sagrado seria através da iniciação, na qual a pessoa através de rituais simbólicos e apenas simbólicos, "morre" para o profano, e "renasce" para o sagrado.
As coisas sagradas seriam assim protegidas e isoladas das coisas profanas por interdições, enquanto as profanas seriam aquelas de nosso contato diário.
Como veremos um dos traços fundamentais na prática do vampirismo em todo mundo é sua associação ao mundo dos espíritos, dos mortos, aos túmulos e à capacidade de alguns xamãs, feiticeiras e magos de viverem entre o mundo dos encarnados e o dos desencarnados, dada sua capacidade de verem o plano dos espíritos e dos Deuses, e de
conseguirem fazer com que suas almas saia de seus corpos físicos/ materiais,
e caminhe pelo outro mundo, no além, podendo assim agir como fantasmas,
íncubos, súcubos e vampiros.
Por assim dizer, tais pessoas em suas práticas vampíricas, cruzariam constantemente as fronteiras entre o mundo sagrado e aquele profano de nosso dia a dia. Ora, tais práticas são interditas da maioria, e elas mesmas matéria de iniciações em que um mestre ensina seu discípulo nas artes da magia. A iniciação se dá por rituais, que são ritos de passagem, conforme descreveremos mais detalhadamente depois, dão acesso ao novo iniciado a uma nova realidade. Logo o mago,
feiticeira ou xamã que ensina o vampirismo está transmitindo algo que não é profano, não é do contato normal das pessoas em seu dia a dia, está transmitindo algo Sagrado...
Por outro lado, os rituais de defesa contra os praticantes de vampirismo, se dirigem
a algo interdito, segregado, separado e sempre associado à religião local, logo associado por esta abordagem de Durkheim a algo também sagrado.
Os rituais são aqui as regras de conduta para com o sagrado, a maneira de se entrar em contato com o mundo espiritual, base do vampirismo e dos vampiros, conforme mitos espalhados em diversas culturas, conforme podem ver em detalhes no tópico "MITOS PELO MUNDO".
Afirma Durkheim que a religião surge justamente quando um certo número de coisas sagradas mantém relação e unidade entre si, formando um conjunto de crenças e ritos. A alma dos mortos, Deus, os Deuses, Espíritos da Natureza, Anjos, Demônios, Lobisomens, Vampiros, Fantasmas etc, são todos pertencentes ao universo do Sagrado. Mesmo os inimigos dos Deuses ou de Deus, como Satã e Lúcifer no cristianismo, ou o Cronos/ Saturno da religião greco romana, os Râkchasas e Pisâchas da religião hindu, etc, embora opositores dos Deuses da religião dominante, pertencem todos ao rol das entidades Sagradas segundo Durkheim.
Já o autor Rudolf Otto, historiador das religiões, em sua obra hoje clássica para a Antropologia da Religião,"O Sagrado" (1917), procura analisar e identificar os elementos constituintes do sagrado, ou mais exatamente, o que sentimos diante do sagrado.
Rudolf Otto (1869 - 1937)
Assim, de forma geral, as coisas sagradas não devem, segundo ele, serem tocadas pelas profanas e, a única maneira de adentrar no mundo do sagrado seria através da iniciação, na qual a pessoa através de rituais simbólicos e apenas simbólicos, "morre" para o profano, e "renasce" para o sagrado.
As coisas sagradas seriam assim protegidas e isoladas das coisas profanas por interdições, enquanto as profanas seriam aquelas de nosso contato diário.
Como veremos um dos traços fundamentais na prática do vampirismo em todo mundo é sua associação ao mundo dos espíritos, dos mortos, aos túmulos e à capacidade de alguns xamãs, feiticeiras e magos de viverem entre o mundo dos encarnados e o dos desencarnados, dada sua capacidade de verem o plano dos espíritos e dos Deuses, e de
conseguirem fazer com que suas almas saia de seus corpos físicos/ materiais,
e caminhe pelo outro mundo, no além, podendo assim agir como fantasmas,
íncubos, súcubos e vampiros.
Por assim dizer, tais pessoas em suas práticas vampíricas, cruzariam constantemente as fronteiras entre o mundo sagrado e aquele profano de nosso dia a dia. Ora, tais práticas são interditas da maioria, e elas mesmas matéria de iniciações em que um mestre ensina seu discípulo nas artes da magia. A iniciação se dá por rituais, que são ritos de passagem, conforme descreveremos mais detalhadamente depois, dão acesso ao novo iniciado a uma nova realidade. Logo o mago,
feiticeira ou xamã que ensina o vampirismo está transmitindo algo que não é profano, não é do contato normal das pessoas em seu dia a dia, está transmitindo algo Sagrado...
Por outro lado, os rituais de defesa contra os praticantes de vampirismo, se dirigem
a algo interdito, segregado, separado e sempre associado à religião local, logo associado por esta abordagem de Durkheim a algo também sagrado.
Os rituais são aqui as regras de conduta para com o sagrado, a maneira de se entrar em contato com o mundo espiritual, base do vampirismo e dos vampiros, conforme mitos espalhados em diversas culturas, conforme podem ver em detalhes no tópico "MITOS PELO MUNDO".
Afirma Durkheim que a religião surge justamente quando um certo número de coisas sagradas mantém relação e unidade entre si, formando um conjunto de crenças e ritos. A alma dos mortos, Deus, os Deuses, Espíritos da Natureza, Anjos, Demônios, Lobisomens, Vampiros, Fantasmas etc, são todos pertencentes ao universo do Sagrado. Mesmo os inimigos dos Deuses ou de Deus, como Satã e Lúcifer no cristianismo, ou o Cronos/ Saturno da religião greco romana, os Râkchasas e Pisâchas da religião hindu, etc, embora opositores dos Deuses da religião dominante, pertencem todos ao rol das entidades Sagradas segundo Durkheim.
Já o autor Rudolf Otto, historiador das religiões, em sua obra hoje clássica para a Antropologia da Religião,"O Sagrado" (1917), procura analisar e identificar os elementos constituintes do sagrado, ou mais exatamente, o que sentimos diante do sagrado.
Rudolf Otto (1869 - 1937)
Expondo de forma bem sintética, o autor chega à conclusão que todas as manifestações do sagrado, seriam constituídas dos seguintes elementos:
MYSTERIUM: o estranho, o sobrenatural, paradoxal, o parcialmente conhecido e parcialmente ignorado, incompreendido mas não ignorado, o inexplicável, o extraordinário (mirabile), não apenas supra-racional mas aparentando ser anti-racional, desconcertante, estabelecendo contrastes, oposições e contradições, o irracional observado pelo racional, inspirando terror e entusiasmo. Ora, estas são características presentes no mito do vampiro e como eram eles sentidos pelos povos das regiões em que havia sua ocorrência.
TREMENDUM: terror místico associado ao Mysterium, inspirando respeito, medo e terror, o espanto que paralisa. O vampirismo espiritual (astral e fantasmagórico, como veremos em detalhes), está carregado de medo.
FASCINANS: fascinação associada ao Mysterium, aquilo que nele seduz, encanta, atrai, arrebata, arrasta, produzindo êxtase, enebriamento em uma excitação dionisíaca. A fascinação e o glamour dos vampiros são conhecidos de todos.
MAJESTAS: poder imensamente superior ao ser humano comum, com aniquilamento do "eu" humano mortal. De fato as vítimas de vampirismo mítico se sentem esmagadas por um poder que as transcende e desconhecem e os vampiros míticos anseiam por este poder que transcende o humano.
ENERGICUM: paixão, vontade, força, atividade, impulso, zelo, tensão, ardor devorador que o sagrado excita, quer a favor, quer contra. Tanto na prática do vampirismo, como na daqueles que os combatem, temos a paixão que o amor e o terror despertam.
AUGUSTO: o valor do sagrado, seu caráter ilustre, de nobreza, distinto de tudo que é vulgar e profano. A iniciação torna o vulgar em nobre. Vampiros enquanto xamãs, magos e feiticeiros são nobres, pois raros e seletos, e a magia considerada uma realeza, desde a mais alta antiguidade. Quer Deus ou os Deuses de natureza vampírica cultuados entre os Maias, Astecas, no Hinduísmo, Budismo Tibetano etc, quer Deus ou os Deuses evocados pelos fiéis que combatem o vampirismo, quer os vampiros em si, são todos "Augustos", no sentido que não são vulgares, mas pelo contrário, sendo até semi-divinos em seus poderes.
NUMINOSO: palavra criada por Rudolf Otto (derivada do latin "numen" = inclinação, pendor ou vontade divina, de Deus ou dos Deuses) condensaria em si mesma todas as acima, algo que pode ser sentido, segundo ele, nos grandes monumentos arquitetônicos (Pirâmides, Catedrais Góticas etc), nos milagres, no vazio dos imensos desertos e paisagens amplas... no vazio e no silêncio dos cemitérios...nas paisagens Taoistas que evidenciam sempre o vazio.... a idéia de Nirvana Budista e Zen Budista, que é tudo e nada ao mesmo tempo... os ambientes e objetos a meia luz, obscuros realçados por contrastes, como por velas acesas no escuro... em uma penumbra mística que igrejas, mesquitas e templos que os mais diversos povos e culturas tiraram proveito para excitar o "Numinoso", o sagrado.... Para o autor o sentimento NUMINOSO pode ser excitado e provocado, e esta é a essência da prática religiosa.
Mircea Eliade, historiador das religiões, em sua obra "O Sagrado e o Profano", elogia Rudolf Otto e procura ir além.
Mircea Eliade (1907 - 1986)
MYSTERIUM: o estranho, o sobrenatural, paradoxal, o parcialmente conhecido e parcialmente ignorado, incompreendido mas não ignorado, o inexplicável, o extraordinário (mirabile), não apenas supra-racional mas aparentando ser anti-racional, desconcertante, estabelecendo contrastes, oposições e contradições, o irracional observado pelo racional, inspirando terror e entusiasmo. Ora, estas são características presentes no mito do vampiro e como eram eles sentidos pelos povos das regiões em que havia sua ocorrência.
TREMENDUM: terror místico associado ao Mysterium, inspirando respeito, medo e terror, o espanto que paralisa. O vampirismo espiritual (astral e fantasmagórico, como veremos em detalhes), está carregado de medo.
FASCINANS: fascinação associada ao Mysterium, aquilo que nele seduz, encanta, atrai, arrebata, arrasta, produzindo êxtase, enebriamento em uma excitação dionisíaca. A fascinação e o glamour dos vampiros são conhecidos de todos.
MAJESTAS: poder imensamente superior ao ser humano comum, com aniquilamento do "eu" humano mortal. De fato as vítimas de vampirismo mítico se sentem esmagadas por um poder que as transcende e desconhecem e os vampiros míticos anseiam por este poder que transcende o humano.
ENERGICUM: paixão, vontade, força, atividade, impulso, zelo, tensão, ardor devorador que o sagrado excita, quer a favor, quer contra. Tanto na prática do vampirismo, como na daqueles que os combatem, temos a paixão que o amor e o terror despertam.
AUGUSTO: o valor do sagrado, seu caráter ilustre, de nobreza, distinto de tudo que é vulgar e profano. A iniciação torna o vulgar em nobre. Vampiros enquanto xamãs, magos e feiticeiros são nobres, pois raros e seletos, e a magia considerada uma realeza, desde a mais alta antiguidade. Quer Deus ou os Deuses de natureza vampírica cultuados entre os Maias, Astecas, no Hinduísmo, Budismo Tibetano etc, quer Deus ou os Deuses evocados pelos fiéis que combatem o vampirismo, quer os vampiros em si, são todos "Augustos", no sentido que não são vulgares, mas pelo contrário, sendo até semi-divinos em seus poderes.
NUMINOSO: palavra criada por Rudolf Otto (derivada do latin "numen" = inclinação, pendor ou vontade divina, de Deus ou dos Deuses) condensaria em si mesma todas as acima, algo que pode ser sentido, segundo ele, nos grandes monumentos arquitetônicos (Pirâmides, Catedrais Góticas etc), nos milagres, no vazio dos imensos desertos e paisagens amplas... no vazio e no silêncio dos cemitérios...nas paisagens Taoistas que evidenciam sempre o vazio.... a idéia de Nirvana Budista e Zen Budista, que é tudo e nada ao mesmo tempo... os ambientes e objetos a meia luz, obscuros realçados por contrastes, como por velas acesas no escuro... em uma penumbra mística que igrejas, mesquitas e templos que os mais diversos povos e culturas tiraram proveito para excitar o "Numinoso", o sagrado.... Para o autor o sentimento NUMINOSO pode ser excitado e provocado, e esta é a essência da prática religiosa.
Mircea Eliade, historiador das religiões, em sua obra "O Sagrado e o Profano", elogia Rudolf Otto e procura ir além.
Mircea Eliade (1907 - 1986)
A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.
O lendário Livro de Nod, originalmente concebido por White-Wolf para o RPG Vampiro - A Máscara, narra a origem dos vampiros. Além de A Crônica das SombrasA Crônica dos Segredos que revela os mistérios vampíricos. revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e
A tradição judaico-cristã, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão, Abel. Os Anjos do Criador foram até ele exigir que se redimisse. Orgulhoso, recusou-se e acatou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado a solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz, longe do convívio dos mortais.
Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.
Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque, sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo divino por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, sua prole reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.
Após um período de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.
Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confunde-se entre os relatos e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG’s.
Na lenda de Caim, a conotação do termo Vampiro ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, a maior parte dos povos possui uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre várias civilizações desde a Antigüidade.
Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula (Dracul, originalmente significa Dragão) foi herdado de seu pai, Vlad II, que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. Provavelmente, a confusão se deu através da semelhança entre os termos Drache, que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e Drac que significa Diabo.
A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de Drácula inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula tornaram-se praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.
No Brasil também encontra-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maioria das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.
Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.
No nordeste brasileiro conta-se a história do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não freqüentam igrejas. Porém, os habitantes das cidades por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.
Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em sua vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção a um rio e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A Vampira do Amazonas possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.
Em maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore.
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1 Comentário:
Seu Blogue é muito foda ameii diverdade Parabens gosteii muito muito massa !! Parabens....Ameii os detalhes tudo ameii muito fodaaa
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